A mesma enorme alegria de viver

Desistir e lutar 

Quando eu tinha 15 anos,

desisti de viver.

Não tentei me matar, 

simplesmente, decidi passar o resto dos meus dias no meu quarto.

Ligaria para meus amigos e diria para que me esquecessem.

Eu estava na Europa, com a minha família, quando isto aconteceu. 

Quando voltei,

eu estava transformado. 

Não cheguei a por este plano em prática,

mas a ação de desistir,

me libertou do medo de morrer.

Aconteceu o oposto,

achei uma alegria de viver que nunca antes havia vivenciado.

Foi como explodir na mais perfeita liberdade. 

E depois de uns meses, tudo meio que voltou ao normal.

No entanto, depois disso, eu sabia desistir da vida na minha mente. 

Então nunca tinha medo 

O medo de errar

O medo de me machucar 

Eu era pura ação. 

Isso chegou ao extremo, 

me levando ao surto psicótico,

e, assim, ao sofrimento que veio com a esquizofrenia.

Descobri que não é somente sobre medo 

ou capacidade.

Também é sobre superar o sofrimento. 

Ao lutar por reaprender a viver,

encontrei o esvaziamento de sofrimento, dentro de mim.

E pude encontrar, não a desistência, 

mas a luta.

Que ancorada à paciência 

Me levou à felicidade 

E à mesma enorme alegria de viver que vivi na desistência 

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