No início, eu era um garoto focado.
Estudar música era tudo para mim.
Eu estudava, com afinco, todos os dias por bastante tempo.
Depois de um tempo, comecei a parar de estudar.
Parecia que a música não era a coisa mais importante que eu devia buscar.
Continuava tocando, mas sem a mesma determinação do estudo.
Uma parte de mim estava perdida, e outra estava esperando.
A que estava esperando queria libertar a alegria e a felicidade.
Mas o meu interior ficou sombrio, e esta parte se escondeu.
Passei por momentos sombrios.
E no fim do surto psicótico, me esmurrei o dia inteiro, até ser internado.
Juntando os anti-psicóticos, com o trauma do surto, tocar ficou difícil.
Eventualmente, depois de já estar mais saudável, pude reaver a minha habilidade.
Com algumas ressalvas:
Não posso tocar muito rápido, pois se forço a minha mente, minhas mãos se contraem,
e perco habilidade.
Não posso criar ideias na minha cabeça, tenho de deixar acontecer.
E, assim, toco todos os dias, e entrego pelo WhatsApp, o post com a poesia no blog
junto com um improviso tocado no intuito de expressar a poesia.
A isto nomeei de:
Serviço de entrega de música do Cauê.
Toco, agora, no intuito de servir. De trazer algo de bom para os meus assinantes.
E, desta forma, o músico que queria a glória de ser um grande músico
foi substituído por um pianista, que não quer nada além de trazer uma gostosa e colorida experiência,
para quantos puder.
Todo iluminado dia